segunda-feira, 26 de março de 2012

Ministério Público pede suspensão da licença que autoriza construção de hotéis na Pampulha

Promotores de Justiça das áreas de Habitação e Urbanismo, Meio Ambiente e Patrimônio Cultural entraram com uma Ação Civil Pública, nessa terça-feira (13), pedindo a suspensão da licença que autorizou a construção de dois hotéis, previstos, até então, para serem construídos na região da Pampulha, no limite entre os bairros São Luiz e Ouro Preto, a menos de um quilômetro da orla da lagoa. Além da suspensão, o Ministério Público pede também que o município de Belo Horizonte se abstenha de conceder alvará de construção que permita o início das obras, sob pena de multa de R$ 100 mil e pagamento de indenização ambiental pelos danos causados ao meio ambiente.

Em relação às construtoras responsáveis pelas obras, os promotores pedem à Justiça que impeça o início ou execução dos projetos referentes aos empreendimentos Bristol Stadium Hotel e Hotel Go Inn até decisão final da Ação Civil Pública, sob pena de multa de R$ 100 mil e pagamento de indenização ambiental pelos danos causados ao meio ambiente. O MP solicitou também que o Cartório de Registro de Imóveis inscreva essa ação na matrícula dos imóveis para que se dê conhecimento a terceiros.

Segundo os promotores de Justiça Cláudia Ferreira de Souza, Lílian Maria Ferreira Marotta Moreira, Marta Alves Larcher e Marcos Paulo Souza Miranda, devido à recente aprovação para construção dos referidos empreendimentos, ocorrida no dia 1º de março deste ano, pelo Conselho Municipal de Política Urbana (Compur), a concessão da medida liminar por parte da Justiça se faz ainda mais urgente. Eles destacam que o Conjunto Arquitetônico da Lagoa da Pampulha é de reconhecida importância cultural para o Município de Belo Horizonte, para o Estado de Minas Gerais e para o Brasil, haja vista que é tombado nas três esferas.

Fonte: Jornal O Tempo

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